ESCONDER SPOILERS

segunda-feira, 18 de março de 2013

The Wizard of Oz - O Mágico de Oz (1939)

"-Toto, I've a feeling we're not in Kansas any more."

Como falei do filme mais novo no post passado, nada mais justo do que falar daquele que deu origem a tudo (não exatamente, existem filmes sobre o mágico de Oz mais antigos que esse, mas esse foi o primeiro a ficar famoso de verdade).

Bom, como disse sou um grande fã desse filme (de verdade, tenho até um box de DVDs que são de uma edição limitada), então pode ser que meu julgamento não seja o mais imparcial de todos. Porém, não tem muito do que não gostar nele. Esse é provavelmente uma das melhores produções de Hollywood. Se levarmos em conta que o filme é de mil novecentos e trinta e nove ele não deve em nada para algo de dois mil e treze.

Quer dizer, eu pessoalmente acho que o cenário é muito mais convincente que o do Oz Mágico e Poderoso. Hoje em dia só querer saber de usar CGI (Efeitos gerados por computador - Computer-generated imagery em inglês) e se esquecem de como uma maquiagem bem feita ou um cenário bem construído são muito mais convincentes. Não estou dizendo para abolir totalmente os efeitos especiais, mas apenas dar uma maneirada, existe uma gama enorme de efeitos muito bons que podem ser criados sem a necessidade de um computador.

A história também é muito mais divertida e bem elaborada. No novo filme eles quiseram capitalizar com os grandes nomes e se esqueceram de priorizar algumas outras áreas que talvez sejam tão ou mais importantes. Não que eu não tenha gostado do novo filme, mas não é possível nem fazer uma comparação direta entre os dois. Alguns dos atores eram sim grandes nomes, Bert Lahr (O Leão Covarde) e Frank Morgan (O próprio Mágico entre outros personagens) eram dois atores muito conhecidos, porém Ray Bolger (O Espantalho, meu personagem favorito, o cara é um show a parte) e Judy Garland (confiar o papel principal a uma menina de dezessete anos não é algo tão trivial assim) não eram tão famosos e ainda assim mostraram um talento incomparável.

E os personagens então! São extremamente carismáticos, não tem como não gostar deles. Dançando e cantando, com todos os trejeitos e tudo mais. Mesmo a Bruxa Má do Oeste tem seu charme. E não podemos nos esquecer do Toto. Trabalhar com animais pode ser complicado, mas ele (que na verdade é ela, pois se trata de uma cadela) também se comporta muito bem, e olha que essa cachorra e puxada e empurrada durante todo o filme. Enfim, o produto final é realmente uma obra-prima. Exibindo o poder do Technicolor em toda sua força e ainda assim não parecendo tão forçado quando os efeitos utilizados pela Disney.

Gostaria de recomendar esse filme para todos, mas não vou fazer isso, pois querendo ou não o filme é um musical e algumas pessoas simplesmente não suportam esse gênero. Mas fora esse grupo específico de pessoas eu diria para assisti-lo agora mesmo. Se você gosta de bons filmes com certeza vai gostar desse. Ele é ótimo pra levantar a moral e está bem condizente com a ideia original do L. Frank Baum, que queria criar um mundo totalmente alegre e sem violência diferente dos contos de fadas clássicos. Apesar de o livro conter sim algumas descrições levemente sanguinolentas e da Dorothy quase sozinha conseguir matar duas bruxas, (coisa que o Mágico mesmo nem próximo disso chegou...) ainda assim a história é muito mais tranquila que os contos das mil e uma noites.

O trailer também é muito bom, mas o filme é muitas vezes melhor!




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