The Jerk - O Panaca (1979)

"- Sir, there are charity people here to see you.
- What? Send them away. There are plenty of people more deserving than me!
- But these people want *you* to give, sir."
 

Como tinha comentado no post dos filmes da Pantera Cor de Rosa, acabei pulando os filmes intermediários e fui direto rever os filmes mais novos, aqueles com o Steve Martin. Acabei ficando com a mesma curiosidade que tive com os filmes da pantera, isto é, será que os filmes do início da carreira do Steve (ou pelo menos os não tão novos) também são bons?

Acho que muitos de vocês vão se recordar dele no clássico da sessão da tarde, o "O pai da noiva" (Que acabei descobrindo sem querer se tratar de uma regravação e que, além disso, é um dos raros casos onde o remake é melhor que o original!), mas quantos de vocês conhecem seus trabalhos mais antigos?

Escolhi um deles para dar uma olhada. Não peguei nada muito obscuro. Na verdade peguei o primeiro que aparece na lista de mais conhecidos dele, o The Jerk. A nota do filme não é baixa não, então estava esperando um bom filme no mínimo. Se bem que para comédias seguir isso de notas não é algo que sempre reflete a realidade. Eu por exemplo gosto da série Scary Movie (que fora o primeiro, não tem as notas mais altas) e do Epic Movie (um dos filmes com as notas mais baixas do IMDB), então vai mais de gosto mesmo do que qualquer outra coisa. São filmes extremamente estúpidos, isso eu não nego, mas muito engraçados.

Voltando ao The Jerk, achei o começo dele um tanto fraco, mas só o comecinho mesmo, depois dos quinze primeiros minutos ele vai ficando cada vez mais e mais engraçado. Apesar de se chamar "The Jerk" ou "O Panaca" em português (o que dessa vez é uma tradução muito correta do título), o filme não é tonto o tempo todo, existem alguns momentos em que ele é um pouco mais "sério" (até onde uma comédia se permite ser séria), o que te deixa sempre na dúvida, nunca sabendo se a próxima cena será uma piada ou algo que dará continuidade na história, o que faz com que muitas vezes você acabe sendo pego de surpresa pela piada. Para mim isso acaba contribuindo para deixar tudo ainda mais engraçado.

E cenas engraçadas são o que não falta, em vários momentos dei boas gargalhadas! Até mesmo agora escrevendo eu acabo lembrando-me de algumas partes que trazem um sorriso ao rosto.

Recomendaria esse filme a qualquer pessoa que estiver afim de uma boa comédia. Quem gostou dos Pantera-Cor-de-Rosa estrelados por ele, deve assistir a esse filme. Se algum fã do Steve Martin ainda não assistiu a esse filme, assista, não perca tempo. Minha mãe gosta bastante do Steve Martin e seu filme preferido com ele é o "Um Espírito Baixou em Mim". Bom, assisti a ambos e em minha opinião o “The Jerk” é muito mais engraçado. Não sei se isso é uma coincidência ou não, mas os filmes onde o Steve contribui também como escritor parecem ser mais divertidos.

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Willy Wonka & the Chocolate Factory - A Fantástica Fábrica de Chocolate (1971)

 "- Invention, my dear friends, is 93% perspiration, 6% electricity, 4% evaporation, and 2% butterscotch ripple.
- That's 105%!"

Eu não havia planejado isso para ser postado exatamente quando o blog faz um ano, mas acabou dando certinho para celebrar a ocasião.

Tinha algum tempo já que eu queria fazer um review mais audiovisual, pra ver com ficaria e ver como seria, mas por um motivo ou outro acabava adiando ou a gravação em si ou a edição, mas finalmente consegui montar um primeiro vídeo review.

Ao assistirem, tenham em mente que é a primeira vez que filmo e edito qualquer coisa, então não está perfeito (bem longe disso!). Já imaginava que editar um vídeo não seria uma tarefa fácil, mas não esperava que fosse me tomar tanto tempo. O fato de ter que usar ferramentas não tão boas agravou um pouco as coisas. Vocês vão poder notar que alguns cortes estão um tanto abruptos, mas fiz esse vídeo mais como um experimento do que qualquer outra coisa e gostei bastante dos resultados.

De agora em diante pretendo mesclar alguns reviews em forma de texto mesmo, com alguns vídeos (com certeza de melhor qualidade que esse). Afinal já aprendi várias coisas e não cometerei os mesmos erros novamente.

Eu apreciaria bastante qualquer tipo de "feedback" que vocês possam me dar. Sugestões e críticas construtivas são sempre bem vindas.

Bom, é isso, fiquem com o vídeo e depois me deem suas opiniões.

Não sei se esse é realmente o trailer oficial, mas eu achei ele meio estranho sem narrativa nem nada do gênero.

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Dead Ringers - "Gêmeos - Mórbida Semelhança" (1988)

"- Pain creates character distortion, it's simply not necessary.
- I'm often in a lot of pain.
- What kind of pain?
- I think... psychosexual."

Esperava algo totalmente diferente, afinal o Cronenberg é conhecido por seus filmes um tanto estranhos e até repulsivos para alguns. Mas esse não é o caso, ele é muito mais para o lado do drama do que para o coisas-bizarras-um-pouco-assustadoras que seria a marca do diretor.

Não que o filme seja desprovido de bizarrices e coisas com formatos esquisitos. Não seria um filme do Cronenberg se ele não conseguisse incluir pelo menos um mínimo de suas criações características. Não sei como, mas ele tem a incrível habilidade de deixar qualquer coisa com um aspecto orgânico (ou "Cronenbergueano", como eu gosto de dizer). Quando digo “qualquer coisa”, quero dizer literalmente qualquer coisa. Ele consegue pegar, sei lá, uma panela e transforma-la em algo totalmente vivo e nojento.

Achei o tema escolhido um tanto inusitado, não por si só, mas sim pelo filme ser de quem é. Para qualquer outro diretor eu diria que é um filme bem normal, mas para ele é algo incomum. Sim, eu sei que ele também faz coisas como o “A Dangerous Method”, mas podemos ver claramente que esse não é o forte dele.

Se formos tomar como base seus outros filmes, podemos ver que normalmente o Cronenberg gosta de trabalhar com temas esquisitos e que só poderiam sair de sua mente, como é o caso do eXistenZ e do Shivers. Mas mesmo não sendo a sua “área de conforto” ainda podemos ver algumas de suas marcas no filme, como a inclusão do sexo no enredo (e não de um modo grosseiro ou forçado, mas sim como algo que cabe muito bem na narrativa) e de algumas coisas com a aparência destorcida.

Mesmo não sendo nada do que eu esperava o filme tem uma história bem interessante de progride de um jeito que prende a atenção. Realmente não esperava que ele fosse tratar de algo tão “trivial” como o que uma paixão pode fazer com um homem e as pessoas ao seu redor, mas ai está. Como disse no Carne Trémula essa talvez seja uma das maiores fraquezas do ser humano. É engraçado como algo tão inexplicável, sem sentido e imaterial tenha um poder tão forte. Ele também trata um pouco da destruição que o uso de drogas pode fazer. Como minha irmã disse, esse é um ótimo filme para uma campanha antidrogas.

Não vou negar que fiquei um pouco decepcionado por não ser um filme de horror, como esperava do Cronenberg, mas mesmo assim é um bom filme e tem várias características do diretor. Creio que quem gostou de suas produções mais puxadas para o drama vão apreciar esse filme. Só tenham certeza de que é o gênero que deseja assistir. Quem estiver procurando um filme diferente e com uma história interessante também não vai se decepcionar.

Novamente gostei do trailer, mas ele cria um clima muito mais aterrador do que o filme em si.

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Elefante blanco - Elefante Branco (2012)

"- Yo no elegí estar acá, pero no puedo sólo.
Si te vas, yo te necesito."

Fechando a sequência de filmes de língua espanhola eu vou com o argentino Elefante Blanco. Como coloquei pelo menos um filme com cada um dos mencionados no review do Carne Trémula, nada mais justo que também colocar alguma coisa com o Ricardo Darín. (não que a tarefa tenha sido árdua)

Como já disse em algumas outras ocasiões, cada país (ou região), gera filmes com características muito particulares (não posso afirmas quanto à produção em si, mas o resultado final é indiscutível). Curiosamente o cinema argentino se aproxima muito mais do estilo europeu do que do Brasileiro. Veja bem que eu disse “se aproxima”, o estilo é bem parecido, porém não é igual, pois ainda mantêm muitos traços únicos que os diferenciam de seus hermanos. Esse filme especificamente parece uma mistura entre os estilos europeu e brasileiro. O filme como um todo tem um “que” mais hispânico, mas algumas cenas lembram bastante o Cidade de Deus.

Não tenho certeza se a história do filme é baseada em fatos reais ou não, pois eles repetidamente mencionam um fato que realmente aconteceu, o assassinato do padre Carlos Mugica, que trabalhava exatamente com essas comunidades carentes, porém não vai além disso. Em nenhum momento ele diz explicitamente ser baseado em uma história real e eu não encontrei nenhuma informação que indicasse isso, então creio que se trate de uma obra de ficção.

Sendo uma história real ou não, achei o filme bom e muito poderoso, passa uma mensagem bem forte. Ele mostra quais são as dificuldades e o que passam as pessoas que trabalham diretamente nas comunidades mais necessitadas. Fica bem claro que é igualmente difícil lidar com o crime e a violência das favelas como com a burocracia e politica que está sempre presente nessas situações.

Mas o que eu mais gostei no filme nem foi esse lado, mas sim como ele é igualmente eficiente em mostrar a luta que essas pessoas travam consigo mesmas, enfrentando além de tudo o dito acima, seus próprios medos, limitações, fraquezas, etc.

Como sempre o Ricardo Darín dá um show, o considero um dos melhores atores da atualidade. Também gostei bastante da atuação do Jérémie Renier, que apesar de não ser muito conhecido (pelo menos eu não o conhecia) trabalha muito bem.

Recomendaria o filme pra quem gosta de um drama com esse toque de humanitarismo. Apesar disso não ser o que eu mais gostei no filme é a parte de maior destaque e sem dúvida nenhuma é bem feitinha. O final do filme me surpreendeu, mas foi uma surpresa agradável.

Sei que é difícil acontecer isso, mas gostei bastante desse trailer, faz com que você se interesse pelo filme sem que mostre nada comprometedor.

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