"- Yo no elegí estar acá, pero no puedo sólo.
Si te vas, yo te necesito."
Si te vas, yo te necesito."
Fechando a sequência de filmes de língua
espanhola eu vou com o argentino Elefante Blanco. Como coloquei pelo
menos um filme com cada um dos mencionados no review do Carne Trémula, nada mais justo que também colocar alguma coisa com
o Ricardo Darín. (não que a tarefa tenha sido árdua)
Como já disse em algumas outras ocasiões, cada
país (ou região), gera filmes com características muito particulares (não posso
afirmas quanto à produção em si, mas o resultado final é indiscutível).
Curiosamente o cinema argentino se aproxima muito mais do estilo europeu do que
do Brasileiro. Veja bem que eu disse “se aproxima”, o estilo é bem parecido, porém
não é igual, pois ainda mantêm muitos traços únicos que os diferenciam de seus
hermanos. Esse filme especificamente parece uma mistura entre os estilos
europeu e brasileiro. O filme como um todo tem um “que” mais hispânico, mas algumas
cenas lembram bastante o Cidade de Deus.
Não tenho certeza se a história do filme é
baseada em fatos reais ou não, pois eles repetidamente mencionam um fato que
realmente aconteceu, o assassinato do padre Carlos Mugica, que trabalhava
exatamente com essas comunidades carentes, porém não vai além disso. Em nenhum
momento ele diz explicitamente ser baseado em uma história real e eu não
encontrei nenhuma informação que indicasse isso, então creio que se trate de
uma obra de ficção.
Sendo uma história real ou não, achei o filme bom
e muito poderoso, passa uma mensagem bem forte. Ele mostra quais são as
dificuldades e o que passam as pessoas que trabalham diretamente nas
comunidades mais necessitadas. Fica bem claro que é igualmente difícil lidar
com o crime e a violência das favelas como com a burocracia e politica que está
sempre presente nessas situações.
Mas o que eu mais gostei no filme nem foi esse
lado, mas sim como ele é igualmente eficiente em mostrar a luta que essas
pessoas travam consigo mesmas, enfrentando além de tudo o dito acima, seus
próprios medos, limitações, fraquezas, etc.
Como sempre o Ricardo Darín dá um show, o
considero um dos melhores atores da atualidade. Também gostei bastante da
atuação do Jérémie Renier, que apesar de não ser muito conhecido (pelo menos eu
não o conhecia) trabalha muito bem.
Recomendaria o filme pra quem gosta de um drama
com esse toque de humanitarismo. Apesar disso não ser o que eu mais gostei no
filme é a parte de maior destaque e sem dúvida nenhuma é bem feitinha. O final
do filme me surpreendeu, mas foi uma surpresa agradável.
Sei que é difícil acontecer isso, mas gostei
bastante desse trailer, faz com que você se interesse pelo filme sem que mostre
nada comprometedor.
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