ESCONDER SPOILERS

domingo, 4 de maio de 2014

Ben-Hur (1959)

"Battle speed!...
 Attack speed!...
 Ramming speed!"

Ganhei esse filme de aniversário a uns dois anos se não me engano, mas nunca tinha chego a assisti-lo. Um dos principais motivos era a duração dele, duzentos e doze minutos (um pouco mais de três hora e meia). Finalmente resolvi vê-lo e me arrependi de não ter feito isso antes, o filme é excelente, e apesar de ser um tanto longo, em nenhum momento ele se torna cansativo.

Logo no começo já fiquei surpreso, pois dessa vez creio que o subtítulo dado a ele logo no começo do filme (e o título completo da versão de mil novecentos e vinte e cinco) deveria ser parte do título oficial. O subtítulo a que me refiro é o seguinte: “A Tale of the Christ” (algo como um conto sobre Cristo), pois apesar de para mim não ser um filme religioso e não contar exatamente sobre a vida de Jesus, eu diria que se trata da melhor representação sobre o tema que eu já vi (já me explico).

Apesar de possuir uma religião e acreditar em uma força maior (seja ela Deus ou o que quer que você queira chamar), não me considero religioso e não sou praticante. Mas como quase praticamente qualquer pessoa no lado ocidental do planeta sei quem Jesus foi e mesmo que em um nível muito básico sei as passagens mais importantes da vida dele.

Como disse, pelo menos em minha visão o filme não é sobre Jesus (apesar do subtítulo), mas ele aparece em alguns momentos e exerce uma grande influência no momento final. Porque raios então eu disse que é a melhor representação da vida de Cristo se o filme "oficialmente" nem sobre isso é?

Exatamente por esse motivo!

Eu considero que o importante sobre Jesus não é a pessoa em si, mas como ele influenciou as pessoas ao seu redor, e o filme faz isso com maestria. Em nenhum momento eles se quer dizem o nome dele, seu rosto também não aparece e ele não diz uma palavra sequer (pelo menos não diretamente), só utilizam a representação clássica que temos dele, ou seja, um homem de cabelos longos. Porém em várias ocasiões fica muito clara a influência que ele exerce nas pessoas.

Bom, mas vamos ao que o filme trata de fato, que é a história de Ben-Hur (Charlton Heston). É uma história levemente parecida com a contada em “Spartacus” (outro filme excelente e um dos meus favoritos). Creio que não preciso dizer nada mais sobre a história, porque só de dizer que é parecida com a do Spartacus eu meio que já fiz um esboço completo dela.

De qualquer forma o roteiro é muito bem escrito e bem desenvolvido durante todo o filme, o cuidado com a produção também é muito evidente pois tanto os cenários como as vestimentas são muito bem feitos e detalhados.

Mesmo que você já tenha assistido ou conheça a história do Spartacus eu diria para ver o filme do mesmo jeito, tanto pelos pontos citados acima como pelo fato de a história ser suficientemente diferente para que faça a experiência valer a pena.


Se você gosta de épicos, não perca mais tempo e assista assim que possível. Mesmo que por acaso você seja um ateu fervoroso, pois mais de noventa por cento da história não tem nem referência nenhuma a qualquer coisa religiosa. Por outro lado se você é do tipo que não gosta de épicos, mas é religioso, eu diria para assistir mesmo assim pois os dez por cento restantes com certeza vão te agradar (apesar de que ver três horas e meia de algo que não interessa não seja exatamente divertido).

Eu gostei de cem por cento dele, pois como um grande fã de épicos a história e ambientação me agradaram bastante. E mesmo não sendo um cara religioso, toda a parte sobre Jesus, conseguiu me comover mais que qualquer outra obra sobre o tema (isso é tão verdade que o que me fez escrever esse texto foram esses trechos).


Não sei se é o trailer oficial, mas com certeza se parece com algo que seria exibido nos cinemas em 1959!



No IMDB

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