ESCONDER SPOILERS

quarta-feira, 22 de julho de 2015

Terminator Genisys (2015)

"War, war never changes."
(não, espera, isso não está certo... apocalipse nuclear errado.)

"Come with me if you want to live!"
(agora sim!)


    Já vou deixar claro que esse review pode não exatamente imparcial. Gosto um bocado da franquia Terminator e também gosto bastante do Schwarzenegger, seja ele um T-800, um bárbaro, um pai correndo atrás do presente de natal de última hora, um homem dando a luz a uma criança ou simplesmente aproveitando o que o Brazil tem de melhor...

    Por isso já estava inclinado a receber o filme com um pouco mais de tolerância a qualquer possível falha. Mesmo antes de ter visto qualquer trailer ou coisa do gênero eu já estava com as expectativas bem altas. Só o "pôster animado" que estava na frente do Cinemark já foi mais do que suficiente para me deixar animado com a continuação da franquia.

    Qual não foi minha surpresa quando o público pareceu receber o filme muito mal. Normalmente quando um filme é lançado, sua nota no IMDB fica na casa dos 9, ou próximo disso, durante as primeiras semanas isso é bem comum para blockbusters. No caso do Terminator a nota na estreia foi algo na casa dos 7 (e um metascore menor que 40), o que dá a entender que o filme era muito ruim. Como eu iria ver o filme de qualquer jeito, isso não me desanimou muito, eventualmente descobriria se ele era ruim mesmo.

    Assisti-o e não vi nada que justificasse uma recepção tão ruim. O filme é muito bom! (Quer dizer, Schwarzenegger velho lutando com Schwarzenegger novo, como não gostar disso?) A história é diferente de como eu achava que seria. Pelo trailer eles meio que tinham dado a entender que iam fazer um reboot completo da série, basicamente jogando tudo que tinha acontecido até agora no lixo.

    Bom... Apesar de não ser bem isso eles meio que fizeram, aí está a beleza de viagens no tempo e realidades paralelas. Não é que as coisas descritas nos outros filmes não aconteceram, elas só não aconteceram nessa realidade atual, mas aconteceram em alguma outra, então elas meio que tem que ser levadas em consideração no filme, pois apesar de não terem acontecido, várias das pessoas envolvidas sabiam dos fatos, que não aconteceram.

    Vi bastante gente reclamando que a história em si é confusa. Eu não achei. Se você relevar tudo o que acontece antes do filme e assumir o que te passam como verdade, o enredo é bem simples até. Agora, se você for questionar quem mandou o T-800 pra proteger a Sarah quando ela era só uma criança, ou porque mandar o T-800 original para matar essa mesma Sarah, sendo que um T-1000 já estava lá para isso, ou ainda, quando esse T-1000 foi enviado e o que raios ele estava fazendo lá todo esse tempo, ai a coisa complica um pouco.

    Essa é uma coisa que eu achei bem legal no filme, teoricamente você não precisa ter visto os outros filmes para acompanhar a história, porém, muito do que acontece vai ficar sem ter um sentido completo e várias referencias serão perdidas. VÁRIAS referências, porque eles usam e abusam disso. Para mim não ficou exagerado, mas algumas pessoas disseram que atrapalhou um pouco.
    
    No geral eu gostei bastante do filme e não consegui entender o porque de uma recepção tão ruim, ele não tem nada que seja capitalmente errado. Uma história melhor do que eu esperava, com momentos cômicos, mas que não passam da conta como o que acontece no caso do terceiro filme. Ação de qualidade, efeitos especiais muito bons e uma atuação competente por parte de todos.

    Não sei se a Emilia Clarke me convenceu como Sarah Connor, mas não sei se isso é tanto culpa dela ou se eu já tenho ela como a Daenerys Targaryen incrustado na minha mente. Mas de uma coisa eu tenho certeza, ela parece muito mais baixinha do que no Game of Thrones.

    Gostei mais desse trailer do que o que vi no cinema, ele não estraga o que pra fim foi a surpresa maior do filme.


Detalhe: Curioso como o mecanismo de viagem no tempo do filme também parece eliminar o efeito da gravidade sobre o "passageiro", vemos algo parecido no Primer (farei o review do filme assim que conseguir que ele faça um mínimo de sentido...).

Detalhe-2: Quando vi o Kyle Reese abrindo o pacote escrito Genesys, a primeira coisa que me passou à cabeça foi que ele tinha ganho um Mega-drive! (nos Estados Unidos ele é conhecido como SEGA Genesis, porque 'Merica e eles tem que ser diferentes do mundo em tudo, por algum estranho motivo).

No IMDB

quarta-feira, 20 de maio de 2015

Mad Max: Fury Road - Mad Max: Estrada da Fúria (2015)


“Witness me!”

Fumaça, gasolina e testosterona! Essa poderia muito bem ser a tagline não é mesmo?

Não!

Fumaça (ou poeira se preferirem) com certeza, gasolina também, agora tenho sérias dúvidas quanto à testosterona. Estrogênio ou progesterona provavelmente seriam hormônios mais corretos, o que é um tanto não ortodoxo para o filme do qual estamos tratando.

Não me entendam errado, se trata sim de um filme padrão de ação com tudo que o gênero tem direito, muitas explosões, tiros, cenas de luta e perseguição motorizada.

Nada de errado nisso, era o que todos nós esperávamos. "Então onde está a falta de testosterona?" você pode me perguntar. Bom - eu responderia - digamos que o filme poderia se chamar "Furiosa e suas furiosetes" que ele se enquadraria muito mais no que se passa na tela. Mas creio que isso não atrairia um público muito grande.

Quero deixar bem claro que utilizar protagonistas femininas não se trata em absoluto de um problema. Pegue por exemplo o Sucker Punch, um filme com um elenco majoritariamente feminino e um ótimo filme (isso pode ser debatido, mas no momento não vem ao caso). O curioso é quando o personagem principal, (assumo que a pessoa que dá nome ao filme seja o personagem principal) devido ao gênero do filme e tudo o mais, caracteristicamente um homem, só aparecer uns cinco minutos em toda a duração do longa.

Não me lembro de ter visto um filme onde o protagonista é tão coadjuvante quanto nesse filme. Isso não chega a ser um problema, ele está lá e participa da ação, só que o destino do universo não depende tanto dele, creio que seja por isso que ele me pareceu menos importante do que deveria. Estamos acostumados a ver nesse tipo de filme que o mocinho é imortal e que tudo depende dele.

A ambientação toda também é muito bem feita, fiquei convencido de estar em um mundo pós apocalíptico onde água é um recurso escasso. Duvido que alguém consiga assistir ao filme e não ficar com sede. Agora a gasolina eu já não sei, o que eles gastaram de combustível nesse filme só pra recuperar as esposas do Immortan Joe não me parece indício de escassez.

Para mim foi impossível não fazer algumas comparações entre o filme e a franquia Star Wars. Vocês tem que concordar comigo que o Immortan Joe nada mais é do que um Darth Vader branco(!) e aqueles selvagens são os sand people, tá na cara! Estava só esperando o Immortan Joe virar para a Furiosa e dizer que era pai dela. Talvez isso tenha acontecido quando ele cortou a mão dela...

Brincadeiras a parte, o filme é bem legal, ação quase do começo ao fim, mas com tudo fazendo pelo menos algum sentido. Eu gostei do que vi, não me pareceu tempo perdido. Mas como um amigo me disse, parece que os filmes atuais estão dando uma maneirada na violência. O primeiro Mad Max é brutal (tanto o filme como o personagem), o de agora parece se conter para não ter problemas com a censura. Creio que os tempos são outros.

Recomendaria o filme pra quem gosta da ambientação da franquia Mad Max, pois eles conseguiram recria-la magistralmente. Quem gosta de um bom filme de ação também não vai se arrepender.



(Nota à parte pois não consegui incluí-la em lugar nenhum mas não posso deixar de comentar: Que guitarra é aquela em! Se não é a guitarra mais legal que eu já vi com certeza chega bem perto!)

No IMDB

sábado, 16 de maio de 2015

Shuffle (2011)

 
"Pay attention Dummy!"

Ultimamente tenho escrito reviews de filmes só quando por algum motivo eles se sobressaem. Fazia algum tempo que nenhum dos que eu assisti me fizessem querer escrever algo a respeito, mas finalmente apareceu um filme assim.

Confesso que não tinha muitas expectativas sobre esse filme e apesar do NetFlix acreditar que eu fosse gostar do filme (normalmente ele acerta, já que o meu "taste profile" tem uma quantidade razoável de filmes) não foi esse o principal motivo de eu ter assistido. O que me levou a ver o filme foi o fato do ator principal ser um dos personagens do seriado Bones. Curiosamente várias outras atrizes do seriado também estão no filme.

É engraçado como o efeito que esse filme teve em mim foi muito parecido com o que o Ben Hur produziu, apesar deles não possuírem absolutamente nada em comum, um deles se trata de uma superprodução do final dos anos 50 e o outro um filme modesto do qual eu nunca nem tinha ouvido falar.

Porém apesar de ser um filme simples, relativamente curto e no início me parecer um tanto confuso, ele consegue ser bem eficiente em passar sua mensagem. Gostei particularmente da atuação da atriz que interpreta a Grace, Paula Rhodes, de quem nunca tinha ouvido falar antes. Os efeitos de luz utilizados em alguns momentos do filme também contribuem bastante para criar uma atmosfera envolvente.

ATENÇÃO: TRECHO COM SPOILER
No geral, não considerei o filme muito emotivo, mas algumas cenas conseguiram trazer água aos meus olhos: quando estão sacrificando o cachorro, o momento em que ele reencontra o pai dele após ter salvado o seu filho e a última cena do filme onde ele reencontra a Grace.
FIM DO TRECHO COM SPOILER

Recomendaria o filme para quem gosta de histórias contadas de um modo não linear, mais ou menos como o Memento apesar da história em si não tem muito a ver. Creio que a história teria um apelo muito maior para quem gostou do Amor além da vida.


segunda-feira, 1 de setembro de 2014

Lucy (2014)

"We've codified our existence to bring it down to human size, to make it comprehensible, we've created a scale so we can forget its unfathomable scale."


Três motivos me levaram a ver esse filme: A Scarlett Johansson (em toda sua glória), o Morgan Freeman (digno de personificar Deus) e o conceito base por trás de tudo (seja ele verdadeiro ou não, foi o suficiente para atiçar a minha curiosidade), nessa ordem.
Não vou negar que já estava inclinado a gostar do filme antes mesmo dele começar, dados os motivos da minha ida, no mínimo iria ver uma ideia interessante ser trabalhada bons atores e atrizes.

E não me decepcionei, gostei bastante do filme, embora não consiga dizer exatamente o porque. Quase tudo dele me agradou, desde o modo como ele é iniciado, com os cortes e imagens de eventos naturais até o final, que apesar de ser um tanto viajado condiz com todo o resto. Ele me prendeu durante todo o percurso.

Como me disseram, as cenas de ação não tem nada de espetacular, os personagens não são extensamente desenvolvidos, a história pode ser meio jogada e com uma droga misteriosa para dar sentido a tudo (aprovada pelo Mr. White e Jesse  diga-se de passagem), sim, é tudo verdade, meio que aceitamos o papel de cada um deles e é isso ai. Talvez a diferença tenha sido a atuação, pois apesar de gostar bastante da Scarlett, fiquei surpreso em como ela foi convincente em passar a ideia de que deixava de ser "humana" e começava a enxergar as coisas de um outro modo, como se de repente tudo passasse a fazer sentido.

Só vi que o filme era do Luc Besson quando o nome dele apareceu nos créditos, sou um grande fã dos filmes dele, acho que ele consegue tirar o máximo das pessoas com a qual trabalha, vejam o Leon(Léon: The Professional) por exemplo, sem dúvida nenhuma um dos melhores filmes que eu já assisti até hoje (de novo ele contava com um excelente elenco).

Não consigo comparar o Lucy com nenhum outro filme, exatamente por não saber motivo de ter gostado tanto dele. Pode ser que não tenha gostado tanto como filme e sim mais como um conceito, não sei, mas com certeza recomendaria o filme e o terei em minha coleção assim que possível.

O trailer tenta vender o filme como algo mais puxado para o lado da ação, porém, não sei ao certo como classifica-lo...



domingo, 4 de maio de 2014

Ben-Hur (1959)

"Battle speed!...
 Attack speed!...
 Ramming speed!"

Ganhei esse filme de aniversário a uns dois anos se não me engano, mas nunca tinha chego a assisti-lo. Um dos principais motivos era a duração dele, duzentos e doze minutos (um pouco mais de três hora e meia). Finalmente resolvi vê-lo e me arrependi de não ter feito isso antes, o filme é excelente, e apesar de ser um tanto longo, em nenhum momento ele se torna cansativo.

Logo no começo já fiquei surpreso, pois dessa vez creio que o subtítulo dado a ele logo no começo do filme (e o título completo da versão de mil novecentos e vinte e cinco) deveria ser parte do título oficial. O subtítulo a que me refiro é o seguinte: “A Tale of the Christ” (algo como um conto sobre Cristo), pois apesar de para mim não ser um filme religioso e não contar exatamente sobre a vida de Jesus, eu diria que se trata da melhor representação sobre o tema que eu já vi (já me explico).

Apesar de possuir uma religião e acreditar em uma força maior (seja ela Deus ou o que quer que você queira chamar), não me considero religioso e não sou praticante. Mas como quase praticamente qualquer pessoa no lado ocidental do planeta sei quem Jesus foi e mesmo que em um nível muito básico sei as passagens mais importantes da vida dele.

Como disse, pelo menos em minha visão o filme não é sobre Jesus (apesar do subtítulo), mas ele aparece em alguns momentos e exerce uma grande influência no momento final. Porque raios então eu disse que é a melhor representação da vida de Cristo se o filme "oficialmente" nem sobre isso é?

Exatamente por esse motivo!

Eu considero que o importante sobre Jesus não é a pessoa em si, mas como ele influenciou as pessoas ao seu redor, e o filme faz isso com maestria. Em nenhum momento eles se quer dizem o nome dele, seu rosto também não aparece e ele não diz uma palavra sequer (pelo menos não diretamente), só utilizam a representação clássica que temos dele, ou seja, um homem de cabelos longos. Porém em várias ocasiões fica muito clara a influência que ele exerce nas pessoas.

Bom, mas vamos ao que o filme trata de fato, que é a história de Ben-Hur (Charlton Heston). É uma história levemente parecida com a contada em “Spartacus” (outro filme excelente e um dos meus favoritos). Creio que não preciso dizer nada mais sobre a história, porque só de dizer que é parecida com a do Spartacus eu meio que já fiz um esboço completo dela.

De qualquer forma o roteiro é muito bem escrito e bem desenvolvido durante todo o filme, o cuidado com a produção também é muito evidente pois tanto os cenários como as vestimentas são muito bem feitos e detalhados.

Mesmo que você já tenha assistido ou conheça a história do Spartacus eu diria para ver o filme do mesmo jeito, tanto pelos pontos citados acima como pelo fato de a história ser suficientemente diferente para que faça a experiência valer a pena.


Se você gosta de épicos, não perca mais tempo e assista assim que possível. Mesmo que por acaso você seja um ateu fervoroso, pois mais de noventa por cento da história não tem nem referência nenhuma a qualquer coisa religiosa. Por outro lado se você é do tipo que não gosta de épicos, mas é religioso, eu diria para assistir mesmo assim pois os dez por cento restantes com certeza vão te agradar (apesar de que ver três horas e meia de algo que não interessa não seja exatamente divertido).

Eu gostei de cem por cento dele, pois como um grande fã de épicos a história e ambientação me agradaram bastante. E mesmo não sendo um cara religioso, toda a parte sobre Jesus, conseguiu me comover mais que qualquer outra obra sobre o tema (isso é tão verdade que o que me fez escrever esse texto foram esses trechos).


Não sei se é o trailer oficial, mas com certeza se parece com algo que seria exibido nos cinemas em 1959!



No IMDB

segunda-feira, 19 de agosto de 2013

Entre les murs - Entre os Muros da Escola (2008)

"- Trés bien que t'aies lu ça.
- Je sais. C'est pas un livre de pétasse."


Esse filme está comigo há aproximadamente dois anos, mas nunca tive vontade nenhuma de assisti-lo, o tema abordado nunca me interessou de verdade (ou pelo menos o tema que eu imaginava ser abordado, pois não procurei muitas informações sobre o filme). Eu só tinha o filme porque uma amiga que trabalhava na área de ensino me passou.

Bom,  tinha até esquecido que ele estava por aqui, quando navegando pelo IMDB eu acabei chegando nesse mesmo filme e por incrível que pareça a sinopse me chamou a atenção. Vendo o nome do filme eu me lembrei dele e resolvi finalmente assisti-lo, afinal de contas parecia ter uma história decente, uma nota alta e era francês, todos pontos a seu favor.

Vi o filme. Todos os cento e vinte e oito minutos. Para ser totalmente honesto ele não pareceu ser tão longo assim, o que sempre é uma coisa boa, e o filme em si não é mal feito nem nada assim, mas ele se concentra muito no lado pedagógico da coisa. Em como um professor tenta lidar com uma classe multiétnica (não sei se isso é uma palavra de verdade, mas vou usa-la mesmo assim...), como as conversas na sala dos professores se desenvolvem, que tipo de didática é melhor, como bolar novos métodos de ensino e como disciplinar os alunos e por ai vai.

Infelizmente (para mim) eu estava certo desde o começo, esse assunto não me interessa nem um pouco! Ainda se eles tivessem aproveitado e trabalhando um pouco que fosse com o dia-a-dia de cada um dos alunos na sociedade parisiense, dadas suas diferentes culturas e etnias, (afinal como todos nós sabemos os franceses não sãos os mais receptores quando se trata de estrangeiros) aí sim o filme teria me interessado muito mais.

Porem não foi assim que eles resolveram construir a história do filme, o que em minha opinião resultou em algo um tanto monótono em sem nada que prendesse minha atenção de verdade. Pelo que pesquisei o François Bégaudeau, que faz o papel do professor, é na vida real além de ator, escritor e jornalista. Acho que contribuiu bastante para o clima meio de documentário do filme.

Eu entendo o porque dessa minha amiga ter achado o filme interessante. Para quem atua na área da educação creio que o filme tenha um apelo muito maior e não seja só muito interessante, mas também instrutivo e leve até a grandes reflexões. Por outro lado, para quem não tem contato com isso diretamente e não tenha nem uma mínima curiosidade em como todo o processo funciona, acaba não vendo nada de especial no filme.

Por esse motivo só recomendaria o filme para quem trabalha com pedagogia ou tem  interesse sobre o tema, pois apesar de não ser ruim, como filme ele não me agradou não.

O trailer dessa vez é muito bom, consegue passar a essência do filme e não estraga em nada o restante. Quem gostou do trailer vai gostar também do filme.





segunda-feira, 12 de agosto de 2013

Mighty Aphrodite - Poderosa Afrodite (1995)

"- Look, here's a man who killed his father and slept with his mother.
- I hate to tell you what they call my son in Harlem."

Esse foi o primeiro filme do Woody Allen que eu vi, ou pelo menos o primeiro que eu tenha qualquer lembrança de haver assistido. Demorei bastante até para chegar a ver alguma coisa dele, sei que tive algumas oportunidades de ver outros filmes antes desse, mas nunca havia chegado de fato a assisti-los. Não consigo deixar de pensar que isso seja um pouco por culpa do meu pai. Ele sempre considerou (e ainda considera) os filmes do Woody Allen muito chatos, e como ele tem um gosto muito bom (para outras coisas que não filmes mais "cults", como acabei descobrindo) eu acabava nem “perdendo tempo” vendo nada produzido pelo Woody.

Não lembro exatamente porque finalmente resolvi assistir a esse, mas não posso ficar mais feliz por tê-lo feito. Descobri que os filmes dele não são apenas muito divertidos, mas também extremamente bem feitos e, além disso, alguns deles têm mensagens muito legais, que nos fazem parar pra pensar.

Depois disso resolvi me recuperar e literalmente assisti a quase tudo que ele produziu. Se não me engano faltam uns seis ou sete filmes para ver tudo o que ele fez até hoje. Curiosamente são as coisas do meio de sua carreira. Ele começou com comédias, (algumas excelentes, como a Love and Death, um dos filmes mais engraçados que já vi até hoje) nada mais natural, afinal antes disso ele trabalhava como comediante de stand up. A partir do Annie Hall (que talvez seja seu filme mais famoso, ele acabou fazendo filmes mais puxados para o drama, só que não totalmente, coisas mais focadas nos altos e baixos dos relacionamentos).

Mas o objetivo aqui não é falar do Woody Allen (apesar de não parecer), mas do Mighty Aphrodite, o qual em minha opinião é um dos melhores filmes dele, muito melhor até que o próprio Annie Hall. Ele consegue mesclar comédia com um pouco de drama (o que alias é uma das marcas do Woody Allen). Gosto muito do que ele faz nesse filme, misturando as cenas das pessoas no coro, algo que lembra muito mais as tragédias gregas com o restante da história que está sendo contada, isso dá um toque único ao filme.

Foi bem interessante ver a Helena Bonham Carter atuando em um filme que não fosse do Tim Burton (ou seja, um filme onde ela age como uma pessoa normal), já tinha visto ela em outros filmes, e como disse antes eu havia menosprezado o seu talento, ela é uma ótima atriz. Gostei bastante também da Mira Sorvino (Não vi nenhum outro filme com ela, mas achei que sua voz parecia muito com a Miss Piggy dos Muppets, não sei se a voz dela é assim mesmo ou ela usou somente para esse personagem), acho que ela é de longe a melhor nesse filme, sempre que aparece rouba a cena. Como também já disse em algumas outras oportunidades, gosto muito de ver o próprio Woody Allen atuando (apesar de no último filme dele ter achado que ele deixou a desejar), porém nesse ele ainda estava excelente.

Recomendo esse filme a qualquer um mesmo, sem restrição! E a qualquer momento! Se você estiver sem fazer nada, assista agora mesmo. Ou melhor, acabe a leitura aqui e corra atrás de uma cópia do filme. Não importa já assistiu, assista novamente. Agora! Vale a pena.

O trailer também é bom, sucinto, sem dúvida nenhuma, mas é bom.




Novamente não sei até onde isso é legal, mas procurando pelo trailer encontrei uma versão com o filme todo. Sem legenda, mas quem quiser assistir, aqui está:

http://www.youtube.com/watch?v=8-WpM2sFAWg